As 7 Melhores da Fem #Empoderadas

Sete canções e muita inspiração feminista. Nesta lista, só mulher maravilha, e uma letra empoderadora atrás da outra. Som na caixa que vai ter feminismo na balada sim!

1 – Miley Cyrus – Jolene

A canção Jolene, aqui cantada (lindamente!) pela Miley Cyrus em uma de suas #BackyardSessions, foi originalmente composta, e imortalizada, pela madrinha da twerkeira country: a diva Dolly Parton. Dolly implora para que Jolene não roube seu homem – o que não é lá muito feminista, sabemos. Mas preste atenção na letra, e perceba que é o poder da Jolene, e não o do cara, que Dolly invoca. A conversa acontece de mulher pra mulher – bem como a gente gosta. Interessante, não?

2 – Esme Patterson – Never Chase A Man

Lembra da Jolene, a bandida que vai roubar o namorado da Dolly Parton só porque ela podia? Esme Patterson teve a brilhante ideia de imaginar a moça dos olhos verde-esmeralda chamando a Dolly de canto e pedindo pra ela parar com essa besteira: “Você fica pelos cantos chorando por ele/E diz que está aqui pra me implorar/Bom, desculpa dizer, mas esse cara/Não vale o tempo que você investe”. De mulher para mulher – bem como a gente gosta – e ainda por cima sem implorar pela atenção do cara e recomendando ‘Never Chase a Man’? Selo #CDMJ de Música Feminista!

3 – Perfect Pussy – Interference Fits

Quando todas as amigas casam, constituem família, e somem, essa experiência pode ser solitária pra quem não compartilha do mesmo desejo de matrimônio e de uma vida “normal” – quer dizer, normativa. “Eu nunca quis filhos/Apenas um apartamento arejado” é a primeira frase de Interference Fits, que ilustra esse sentimento de forma genial.

4 – Against Me! – Unconditional Love

Laura Jane Grace soltou o verbo sobre sua transição no maravilhoso Transgender Dysphoria Blues e chamou atenção para a causa trans dentro do punk rock, uma cena um tanto carregada de ~testosterona. O refrão de Unconditional Love “Mesmo se seu amor fosse incondicional/Não seria o suficiente para me salvar” é apenas uma amostra, num álbum cheio de letras que são um tapa na cara de quem não enxerga gênero além do que está entre as pernas.

5 – Soko – Who Wears the Pants?

A gatíssima Soko, conhecida por shows em que convida a mulherada pra subir no palco e #freethenipple geral, reapareceu em 2015 com o single Who Wears the Pants? Na canção ela critica o machismo estrutural, que enxerga e retrata mulheres como for conveniente – por exemplo, duas minas se pegando geralmente ou é visto como uma desgraça e a ruína dos papeis tradicionais de gênero, ou como fetiche sensual para o olhar masculino. Não pode ser apenas duas pessoas se querendo? Pois é. Soko mostra a cobra e mata a pau, e por isso a #CDMJ a recebe – literalmente – de peitos abertos.

6 – Bjork – Lionsong

Embora a musicalidade e a persona da Bjork não sigam nenhum padrão pop, a letra de Lionsong reflete um feeling bem popular, pois é pura e simplesmente um desabafo de quem acaba de perder um grande amor, e está aprendendo a lidar com o fato, um sentimento por vez. O primeiro single do álbum Vulnicura concentra as emoções do fim de um relacionamento no refrão esperançoso, porém confiante: “Quem sabe ele vai sair dessa me amando/Ou não (Caetano manda oi)/Eu não vou domar nenhum animal”.

7 – Sleater-Kinney – Surface Envy

E para finalizar essa edição das #7MelhoresDaFem, a melhor banda de rock do mundo, segundo a Vice. As maravilhosas do Sleater-Kinney voltaram, dez anos depois de “The Woods”, com o excelente “No Cities To Love”, com turnê esgotada pela Europa e os Estados Unidos. Surface Envy está aqui por ser uma música feita por minas, para minas (de mulher pra mulher, já sabe: gostamos), e ainda por cima com um mantra que ilustra bem o feminismo da #CDMJ: “We win we lose/Only together do we break the rules”. Fuck yeah, Sleater-Kinney. Fuck yeah.

Ouça a playlist completa no nosso canal no YouTube ou no nosso Spotify:


Por Aline Estevam

 

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