Diva Feminism #Madonna

A sexta-feira feminista pede ajuda para aquela que inspirou a própria ideia do #DivaFeminism nesta Casa: a minha, a sua, a nossa Mãe Pop Espiritual, #Madonna Louise Ciccone!

No comecinho da década de 1980 surge na cena musical uma mulher cuja força ainda estava por ser compreendida.

No primeiro MTV Video Music Awards (1984) ela entrou no palco num bolo de casamento, vestida de noiva, e adornada com um cinto cuja fivela dizia “Boy Toy” (coisa que ela nunca foi) e c-a-u-s-o-u com uma performance picante, que ainda hoje é considerada uma das mais icônicas da história da MTV.

Madonna é praticamente a inventora da cena pop como a conhecemos hoje – a linguagem do entretenimento pós-moderno foi estabelecida, na base, por ela e este outro Divo, que um dia vai ganhar post aqui da Casa também:

Ela é pioneira em tantos sentidos que beira o impossível listar tudo por aqui. Madge passou a maior parte de sua carreira lançando moda, criando linguagens, e promovendo estéticas poderosas e altamente influentes para o processo de emancipação feminina.

Assim que saiu o filme “Procura-se Susan Desesperadamente” o mundo se viu invadido por um exército de mulheres usando looks como esses:

Cabelón com reflexo, muito mousse e faxinhas:

Leggings (que na época chamávamos de “calça fusô”, quem lembra?) e botinhas curtas:

Rendas e mais rendas:

E a indefectível coleção de pulseiras pretas e brincos compridos:

Mas não foi apenas o mundinho fashion que Her Madgesty revolucionou. Fruto de uma família colarinho-azul e religiosa do Michigan, assim que alcançou a fama, “Little Nonni” mostrou a que veio: mudar o mundo com sua iconoclastia. E se teve uma coisa que Madonna jamais poupou foram as instituições patriarcais: não faltou sopapo em tabus, fossem eles oriundos do catolicismo…

… ou das outras milhares de formas que fomentam a obsessão social com controle das mulheres e nossas sexualidades.

Madonna nunca perdeu nenhuma oportunidade de expor, descaradamente, os “segredos sociais” que mantém as mulheres em posições de submissão. Essa sempre foi a cara que ela fez para o machismo:

“Afe. Passa amanhã.”

As reações dela para todos os entrevistadores misóginos por quem passou eram sempre didáticas – mas sua falta de paciência com machistinhas é sempre evidente nos olhares.

(Como bem diz a Sarah Ahmed, nada mais indicativo da pedagogia feminista do que um bom “eye roll”…)

Madonna sabe que o mundo gostaria de mantê-la (e a todas as mulheres) comportadinhas e submissas – mas ela nasceu sambando e rindo da cara do falocentrismo.

E ainda hoje, aos QUASE SESSENTA ANOS, a diva (que muitas vezes erra rude, e pisa na bola, como qualquer outro ser humano) continua desafiando o significado do que é ser mulher.

BITCH, I’M MADONNA

Que vossa aura #RebelHeart e poderosa esteja conosco, ó sacerdotisa inspiradora original do #DivaFeminism, neste final de semana, agora e sempre, amém.

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Comentários

Ana Clara Delajustine

Uma psicóloga feminista em luta por mais afeto. Implica com a linguagem sexista e acaba com a graça em piadas machistas. Vive de amores. É uma multidão e explosão de sentimentos. Inquieta, teimosa e bruxa, tem fé nos encontros do mundo.

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Glenda Varotto

Formada em publicidade e propaganda, 23 Blogueira do site humanista secular Bule Voador.

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Teci Almeida

Roteirista, produtora de conteúdo, mãe e teimosa. Acredita que de tanto insistir ainda conseguiremos fazer desse mundo um lugar melhor.

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Mônica Seben de Azevedo

Artista, artesã, designer – é o que costumo colocar nos cartões de visita. Ler e acumular livros de variados assuntos são tradições familiares. Já sonhei ser arqueóloga, pensei em cursar História, Filosofia, Sociologia ou Arquitetura, mas acabei escolhendo Artes, onde posso misturar tudo isso. Gosto de viajar pelo mundo, mas sempre volto para casa. Sou curiosa por natureza e tímida que fala pelos cotovelos se tomar muito café ou vinho. Mãe por opção e determinação. Para uns, sou muito certinha e para outros, muito doida. Na verdade, sou um pouco de cada.”

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Camila França

Camila França
Formada em Moda pela Udesc (2005) e pósgraduada pelo SENAC (2009) em Florianópolis, trabalhou por oito anos na indústria da moda como estilista. Em 2013, partiu em busca de qualidade de vida e atualmente dedica quase todo seu tempo ao desenho. Frequenta aulas de Artes Visuais a fim de conhecer e desenvolver sua própria poética. Seus desenhos exploram o universo feminino com técnica mista, grafite, nanquim, aquarela, marcadores e tinta acrílica.

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Thais Mendes

Jornalismo é a formação, produção de moda é o ganha-pão, escrita é a paixão. Radicada em Londres há mais de uma década, estudou no London College of Communication e depois foi trabalhar com um bocado de gente grande, de Adidas à Ivete Sangalo, da TPM à Vice, e gostaria de largar tudo e só escrever. Além de feminista, é progressista, ateísta, e uma porção de *istas* que causam desconforto por onde passa. Mãe de uma garotinha de 4 anos, com quem divide uma paixão por filmes japoneses e contos de fadas subversivos.

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Thaina Battestini Teixeira

Thainá Battesini Teixeira, é gaúcha e tem 23 anos. Está no último ano de graduação em História pela Universidade de Passo Fundo – UPF e é bolsista de iniciação cientifica – CNPq pesquisando as Fontes Visuais Impressas: Possibilidades de Pesquisa: Os papéis sociais atribuídos ao gênero feminino na Revista KodaK. Milita pelo Coletivo Feminista Maria, vem com as outras! e participa da organização da Marcha das Vadias de Passo Fundo no Rio Grande do Sul.

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Sandra Cecília Peradeles
Mina de comunicação – fala, fala, fala.
Formada em jornalismo, é  goiana, vira-lata, caçula de sete e doidinha de amores pela vida.
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Stefanie Cirne

Em 22 anos de Porto Alegre (RS), cursou Comunicação Social sem ter certeza do que estava fazendo – e formou-se jornalista sem destino definido. Felizmente, está se realizando na esquina entre o feminismo e a informação. Escreve para (sobre)viver, aventura-se no audiovisual e é fascinada por todo tipo de linguagem. Aparece regularmente por aqui.

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Patricia Chiela

Gosto de gente, de relações, de vida, de ajudar as pessoas a mostrar o valor do seu negócio, de ver uma empresa ir em frente, ser forte. Tive minha agência de comunicação por quase cinco anos, atuei em áreas de planejamento e também com inovação e gestão de pessoas. Paralelo a isso, como consultora, tive a oportunidade de dar vida para mais de uma dezena de empresas, ajudar tantas outras no processo de reposicionamento e ver surgir diversas campanhas e marcas. Hoje, estou a frente da Patrícia Chiela Estratégia de Marca, que atua para que a comunicação e o marketing ajudem uma empresa a olhar para frente, profissionalizar o negócio, construir o seu valor e prosperar.

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Murilo Mattei

Estou me graduando em ciências sociais pela UFSC, interessado em tudo que possibilita questionar a condição humana e os infinitos problemas derivados do pensar abstrato; consumidor assiduo do incomum, non-sense, trash-cômico e da musica contemporanêa, crio musicas como “vinolimbo”.

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Lucas Rezende Busato
Homem, branco, cis, hétero, reconhecedor do próprio privilégio: FEMINISTA.
Arquiteto e designer por formação, [des]construtor de espaços por ideologia.
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Belle Kurves
Belle Kurves likes to cock a snook at the whole silly patriarchal system.
An explorer, Belle is about to set sail on a voyage of discovery that will be  her toughest expedition yet.  Look out for her dispatches from the frontier as Belle Kurves embarks on a quest to find the “new truth” foreshadowed by Hester Prynne – the key to establishing “the whole relation between man and woman [indeed all genders] on a surer ground of mutual happiness.
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Caroline Rocha

C.rox, cigana vestida de aquariana transitando pelo mundo das artes. Gestora Deusa/Louca/ Feiticeira da Casa de Cultura Vaca Profana em Passo Fundo-RS. Produtora cultural e feminista até o caroço.

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Bruna Kern Graziuso

Advogada especialista em direito público e de família, vegetariana e meia maratonista. Não convida se não tiver vinho. Chora toda vez que vê uma ovelha.

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Beatriz Demboski Burigo

Estou no caminho pra uma graduação em Ciências Sociais, na UFSC em Florianópolis. Gosto muito do ativismo dos movimentos sociais, mas a minha praia mesmo é o backstage e o olhar sociológico sobre tudo. Sou de humanas, mas nem tanto! Amo antropologia, assim como amo falar sobre cultura pop, gênero e feminismo. No momento, pesquiso oficialmente sobre sociologia da educação, que é mais uma de minhas áreas de interesse.

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Ana Paula Ferraz

Uma figura que vai variando entre a curiosidade sobre pessoas e lugares e o interesse por culturas e olhares. Psicóloga, metida com psicanálise, política e sociedade. Poeta de boteco, cervejeira de calçada, cantora de chuveiro. Enfim, mais um mistério do planeta.

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Ana Emilia Cardoso
A meliante Ana Emília Cardoso é uma jornalista curitibana, com passagem por Florianópolis onde esteve detenta em mestrado de Sociologia Política. Por questões de segurança foi transferida para Porto Alegre e está em liberdade condicional. Trabalha com moda e pesquisas, tem 2 filhas, um marido famoso e acredita que pode mudar o mundo empoderando as mulheres.
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Arieli Corrêa

Vestibulanda de letras. Desengonçada com a vida e jeitosa com as palavras. Possui diversos pseudônimos, intencionada a desnudar-se de aparência e travestir sua alma com novas visões de mundo. Queria ser Maria. Descobriu-se feminista há não muito tempo, e tem muito que aprender.

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Aline Estevam

Manja das 7 melhores da Fem.

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Fernanda Cacenote
Fê Cacenote, fotógrafa amadora (por amor) e profissional (por profissão) no projeto FEMMA Registros Fotográficos. Viajante espacial do mundo das ideias, colaboradora na Casa da Mãe Joanna, Casa de Cultura Vaca Profana, Coletivo Feminista Maria, vem com as outras!.  Vegetariana, amante das coisas que a natureza nos dá e feminista em eterna (des)construção e aprendizado.
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Joanna Burigo

Comunicação social, educação e feminismo – não necessariamente nessa ordem. Já trabalhei em agências, produtoras, departamentos de marketing, escolas, projetos sociais e até no Coliseu (esse mesmo). Tudo isso, em diferentes graus, em Porto Alegre, Florianópolis, Madri, Roma, Dublin e Londres, onde fiz um mestrado em Gênero, Mídia e Cultura pela LSE. Mas eu saí de Criciúma, SC.

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Maitê Weschenfelder

Acadêmica de Jornalismo e amante da fotografia, passeia entre o lírico do cotidiano e o drama de vidas reais. Uma jovem, louca, livre e solta. Sonha com igualdade e justiça social.

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Emanuelle Farezin

Formada em jornalismo e apaixonada por pixels, trabalha com projetos de mídia. Faz do feminismo seu impulso diário.

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