24/02/1934 – Sufrágio Feminino no Brasil

24 de Fevereiro é data comemorativa das mais importantes: hoje marca o #sufrágiofeminino (ou o direito ao voto para as mulheres) no Brasil.

Parece difícil compreender que, às mulheres, era vetado o direito à participação democrática pelo voto. Mas o século XX viu Estados ao redor do mundo cederam às demandas das #sufragistas e agirem nas reformas necessárias. Vale lembrar que, além de terem sido um movimento social, político e econômico cujo objetivo era estender o sufrágio/direito de votar às mulheres, as #sufragistas foram, e ainda são, um dos grupos políticos mais associados à imagem do #feminismo.

O Brasil foi, relativamente, pioneiro: o direito ao voto feminino, aqui, foi conquistado em 1934. Na Arábia Saudita foi apenas no ano passado, em 2015, que às mulheres foi permitido votar. Mas antes que você pense que no Ocidente as coisas são muito melhores, lembre-se que, na Suíça, o sufrágio universal se deu apenas em 1971.

Selecionamos alguns textos informativos para que todas saibamos mais sobre a nossa própria história. O voto, como todos os direitos das mulheres, foi conquistado com muito suor e sangue feminista, e cabe a nós honrar as mulheres do passado que lutaram para que o nosso presente fosse mais justo, assim como é nossa responsabilidade lutar pelos direitos das que vão herdar nossas conquistas no futuro.

Aproveite as leituras!

sufágio-brasil

Trecho de “O sufrágio e o voto no Brasil: direito ou obrigação?”
Leia o texto completo, de Janiere Portela Leite Paes, no site do TSE.

A doutrina clássica denomina como sufrágio o poder que se reconhece a determinado número de pessoas (cidadãos) para participar direta ou indiretamente da soberania de um país. Trata-se de um direito público subjetivo inerente ao cidadão que se encontre em pleno gozo de seus direitos políticos.Já o voto caracteriza-se como exercício do sufrágio, pois é a exteriorização do sufrágio, ou seja, quando o eleitor se dirige à seção eleitoral e exerce o ato de votar, materializado está o sufrágio. Nesse sentido, o voto emerge como verdadeiro instrumento de legitimação para entrega do poder do povo aos seus representantes, tendo em vista que é ato fundamental para concretização efetiva do princípio democrático consagrado pela Constituição Federal.

Trecho de “História do Sufrágio Feminino no Brasil”
Leia o texto completo, de Rosa Cristina Hood Gautério, no site Resenha Eleitoral.

Naqueles tempos de campanha republicana, algumas mulheres escaparam do modo generalizado de dominação em que estavam mergulhadas e, ao invés de reproduzir papéis tradicionalmente exigidos pelo sistema de obrigações, trataram de lutar contra os obstáculos produzidos pela política do final do Império. Desse modo, buscando uma conexão entre educação e direitos, as feministas, que tiveram o pioneirismo nome de Nísia Floresta, aproveitaram a agitação política para transformar em mote o direito à educação de base e universitária. Na tentativa de forçar uma atuação mais ampla na sociedade, as mulheres defenderam a oportunidade de estudos igual aos homens, uma vez que não havia licença para frequentarem faculdades no Brasil, qualquer mulher que desejasse cursar uma escola superior teria que sair do país, como foi o caso de algumas brasileiras que obtiveram seus diplomas.

Trecho de “Sufrágio Feminino – Voto Feminino”
Leia o texto completo no site anarquista.net.

O movimento pelo Sufrágio feminino – Voto feminino é um movimento social, político e econômico de reforma, com o objetivo de estender o sufrágio (o direito de votar) às mulheres. Participam do sufrágio feminino, mulheres ou homens, denominados sufragistas.

Trecho de “A conquista do voto feminino, em 1932”
Leia o texto completo, por Tamára Baranov, no site GGN.

Cinco anos antes de aprovado o Código Eleitoral Brasileiro, que estendia as mulheres o direito ao voto, no sertão do Rio Grande do Norte, já ocorrera à eleição de uma prefeita. A fazendeira Alzira Soriano de Souza, em 1928, se elegeu na pequena cidade de Lajes, cidade pioneira no direito ao voto feminino. Mas ela não exerceu o mandato, pois a Comissão de Poderes do Senado impediu que Alzira tomasse posse e anulou os votos de todas as mulheres da cidade isto porque a participação de mulheres na eleição fora autorizada excepcionalmente graças a uma intervenção do candidato a presidente da província, Juvenal Lamartine. 

Trecho da resenha sobre o filme As Sufragistas
Leia o texto completo no site CINEVITOR.

…nem sempre um filme interessante é visto como importante. As Sufragistas, dirigido por Sarah Gavron, consegue despertar interesse no espectador e ganha importância ao trazer para às telonas a luta das mulheres por seus direitos. A história, que se passa no início do século XX, na Inglaterra, soa tão atual que poderia ser ambientada nos dias de hoje, em países como Kuwait e Arábia Saudita, que, por incrível que pareça, só concederam o direito de voto às mulheres em 2006 e 2015, respectivamente. Graças ao poder feminino, esses e tantos outros absurdos, retratados no filme, têm diminuído, mas ainda falta muito para alcançar a igualdade de gênero. Mesmo com todo esse contexto importante, o filme transmite a sensação de que ficou faltando algo, talvez pelo fato de explorar pouco suas personagens, como por exemplo, o papel de Meryl Streep, que interpreta Emmeline Pankhurst, uma das fundadoras do movimento sufragista. Mesmo sendo citada diversas vezes, ela aparece rapidamente no filme.

postersufragistas

Por Joanna Burigo
A imagem destacada é daqui.

Comments

Comentários

Ana Clara Delajustine

Uma psicóloga feminista em luta por mais afeto. Implica com a linguagem sexista e acaba com a graça em piadas machistas. Vive de amores. É uma multidão e explosão de sentimentos. Inquieta, teimosa e bruxa, tem fé nos encontros do mundo.

x
Glenda Varotto

Formada em publicidade e propaganda, 23 Blogueira do site humanista secular Bule Voador.

x
Teci Almeida

Roteirista, produtora de conteúdo, mãe e teimosa. Acredita que de tanto insistir ainda conseguiremos fazer desse mundo um lugar melhor.

x
Mônica Seben de Azevedo

Artista, artesã, designer – é o que costumo colocar nos cartões de visita. Ler e acumular livros de variados assuntos são tradições familiares. Já sonhei ser arqueóloga, pensei em cursar História, Filosofia, Sociologia ou Arquitetura, mas acabei escolhendo Artes, onde posso misturar tudo isso. Gosto de viajar pelo mundo, mas sempre volto para casa. Sou curiosa por natureza e tímida que fala pelos cotovelos se tomar muito café ou vinho. Mãe por opção e determinação. Para uns, sou muito certinha e para outros, muito doida. Na verdade, sou um pouco de cada.”

x
Camila França

Camila França
Formada em Moda pela Udesc (2005) e pósgraduada pelo SENAC (2009) em Florianópolis, trabalhou por oito anos na indústria da moda como estilista. Em 2013, partiu em busca de qualidade de vida e atualmente dedica quase todo seu tempo ao desenho. Frequenta aulas de Artes Visuais a fim de conhecer e desenvolver sua própria poética. Seus desenhos exploram o universo feminino com técnica mista, grafite, nanquim, aquarela, marcadores e tinta acrílica.

x
Thais Mendes

Jornalismo é a formação, produção de moda é o ganha-pão, escrita é a paixão. Radicada em Londres há mais de uma década, estudou no London College of Communication e depois foi trabalhar com um bocado de gente grande, de Adidas à Ivete Sangalo, da TPM à Vice, e gostaria de largar tudo e só escrever. Além de feminista, é progressista, ateísta, e uma porção de *istas* que causam desconforto por onde passa. Mãe de uma garotinha de 4 anos, com quem divide uma paixão por filmes japoneses e contos de fadas subversivos.

x
Thaina Battestini Teixeira

Thainá Battesini Teixeira, é gaúcha e tem 23 anos. Está no último ano de graduação em História pela Universidade de Passo Fundo – UPF e é bolsista de iniciação cientifica – CNPq pesquisando as Fontes Visuais Impressas: Possibilidades de Pesquisa: Os papéis sociais atribuídos ao gênero feminino na Revista KodaK. Milita pelo Coletivo Feminista Maria, vem com as outras! e participa da organização da Marcha das Vadias de Passo Fundo no Rio Grande do Sul.

x
Sandra Cecília Peradeles
Mina de comunicação – fala, fala, fala.
Formada em jornalismo, é  goiana, vira-lata, caçula de sete e doidinha de amores pela vida.
x
Stefanie Cirne

Em 22 anos de Porto Alegre (RS), cursou Comunicação Social sem ter certeza do que estava fazendo – e formou-se jornalista sem destino definido. Felizmente, está se realizando na esquina entre o feminismo e a informação. Escreve para (sobre)viver, aventura-se no audiovisual e é fascinada por todo tipo de linguagem. Aparece regularmente por aqui.

x
Patricia Chiela

Gosto de gente, de relações, de vida, de ajudar as pessoas a mostrar o valor do seu negócio, de ver uma empresa ir em frente, ser forte. Tive minha agência de comunicação por quase cinco anos, atuei em áreas de planejamento e também com inovação e gestão de pessoas. Paralelo a isso, como consultora, tive a oportunidade de dar vida para mais de uma dezena de empresas, ajudar tantas outras no processo de reposicionamento e ver surgir diversas campanhas e marcas. Hoje, estou a frente da Patrícia Chiela Estratégia de Marca, que atua para que a comunicação e o marketing ajudem uma empresa a olhar para frente, profissionalizar o negócio, construir o seu valor e prosperar.

x
Murilo Mattei

Estou me graduando em ciências sociais pela UFSC, interessado em tudo que possibilita questionar a condição humana e os infinitos problemas derivados do pensar abstrato; consumidor assiduo do incomum, non-sense, trash-cômico e da musica contemporanêa, crio musicas como “vinolimbo”.

x
Lucas Rezende Busato
Homem, branco, cis, hétero, reconhecedor do próprio privilégio: FEMINISTA.
Arquiteto e designer por formação, [des]construtor de espaços por ideologia.
x
Belle Kurves
Belle Kurves likes to cock a snook at the whole silly patriarchal system.
An explorer, Belle is about to set sail on a voyage of discovery that will be  her toughest expedition yet.  Look out for her dispatches from the frontier as Belle Kurves embarks on a quest to find the “new truth” foreshadowed by Hester Prynne – the key to establishing “the whole relation between man and woman [indeed all genders] on a surer ground of mutual happiness.
x
Caroline Rocha

C.rox, cigana vestida de aquariana transitando pelo mundo das artes. Gestora Deusa/Louca/ Feiticeira da Casa de Cultura Vaca Profana em Passo Fundo-RS. Produtora cultural e feminista até o caroço.

x
Bruna Kern Graziuso

Advogada especialista em direito público e de família, vegetariana e meia maratonista. Não convida se não tiver vinho. Chora toda vez que vê uma ovelha.

x
Beatriz Demboski Burigo

Estou no caminho pra uma graduação em Ciências Sociais, na UFSC em Florianópolis. Gosto muito do ativismo dos movimentos sociais, mas a minha praia mesmo é o backstage e o olhar sociológico sobre tudo. Sou de humanas, mas nem tanto! Amo antropologia, assim como amo falar sobre cultura pop, gênero e feminismo. No momento, pesquiso oficialmente sobre sociologia da educação, que é mais uma de minhas áreas de interesse.

x
Ana Paula Ferraz

Uma figura que vai variando entre a curiosidade sobre pessoas e lugares e o interesse por culturas e olhares. Psicóloga, metida com psicanálise, política e sociedade. Poeta de boteco, cervejeira de calçada, cantora de chuveiro. Enfim, mais um mistério do planeta.

x
Ana Emilia Cardoso
A meliante Ana Emília Cardoso é uma jornalista curitibana, com passagem por Florianópolis onde esteve detenta em mestrado de Sociologia Política. Por questões de segurança foi transferida para Porto Alegre e está em liberdade condicional. Trabalha com moda e pesquisas, tem 2 filhas, um marido famoso e acredita que pode mudar o mundo empoderando as mulheres.
x
Arieli Corrêa

Vestibulanda de letras. Desengonçada com a vida e jeitosa com as palavras. Possui diversos pseudônimos, intencionada a desnudar-se de aparência e travestir sua alma com novas visões de mundo. Queria ser Maria. Descobriu-se feminista há não muito tempo, e tem muito que aprender.

x
Aline Estevam

Manja das 7 melhores da Fem.

x
Fernanda Cacenote
Fê Cacenote, fotógrafa amadora (por amor) e profissional (por profissão) no projeto FEMMA Registros Fotográficos. Viajante espacial do mundo das ideias, colaboradora na Casa da Mãe Joanna, Casa de Cultura Vaca Profana, Coletivo Feminista Maria, vem com as outras!.  Vegetariana, amante das coisas que a natureza nos dá e feminista em eterna (des)construção e aprendizado.
x
Joanna Burigo

Comunicação social, educação e feminismo – não necessariamente nessa ordem. Já trabalhei em agências, produtoras, departamentos de marketing, escolas, projetos sociais e até no Coliseu (esse mesmo). Tudo isso, em diferentes graus, em Porto Alegre, Florianópolis, Madri, Roma, Dublin e Londres, onde fiz um mestrado em Gênero, Mídia e Cultura pela LSE. Mas eu saí de Criciúma, SC.

x
Maitê Weschenfelder

Acadêmica de Jornalismo e amante da fotografia, passeia entre o lírico do cotidiano e o drama de vidas reais. Uma jovem, louca, livre e solta. Sonha com igualdade e justiça social.

x
Emanuelle Farezin

Formada em jornalismo e apaixonada por pixels, trabalha com projetos de mídia. Faz do feminismo seu impulso diário.

x