Qual o problema com a “ideologia de gênero”?

Os camaradas colombianos da Magic Markers produziram um vídeo bastante didático — e de extrema importância — tratando da “ideologia de gênero”, que mostra como discursos de aparente defesa da família ocultam ataques aos direitos de mulheres e grupos LGBTQI.

Abaixo, salientamos alguns pontos sobre o vídeo, complementando com material relacionado:

  • O vídeo faz uma bem-vinda distinção entre os significados da expressão ideologia de gênero: para quem é atacado por conta do conceito e para quem ataca por conta do conceito.
    • O primeiro texto complementar é para quem quer conhecer a posição de quem estuda gênero e é atacado por conta do conceito: Ideologia de Gênero: O gatilho do pânico, de Helena Vieira, aqui no blog da Casa da Mãe Joanna.
    • O segundo texto complementar é uma entrevista da Dra Jimena Furlani, estudiosa de gênero que realizou extensa pesquisa sobre o fenômeno ideologia de gênero, para a Agência Pública.
  • O vídeo pergunta se a tal ideologia de gênero existe ou não, e sustenta que isso importa pouco porque quem ataca por conta do conceito não está necessariamente investido em entende-lo — nem sequer os significados das palavras “ideologia” ou “gênero” — mas sim focado em fantasias de “imposição”. O terceiro e o quarto textos complementares são de autoria da nossa fundadora, Joanna Burigo, que escreveu sobre isso pelo menos duas vezes.
    • Uma para o site La Parola, Ideologia de gênero existe? Sim: mas sempre existiu;
    • Outra para o blog Agora É que São Elas, Gênero: ideologia ou teoria? Quem se opõe ao debate sobre gênero é quem se beneficia das coisas como elas são…
  • Este trecho: “Eles não estão dizendo a ninguém como viver sua vida. O que pedem é não ser discriminados.” Nessa nota, vale salientar que quem estuda gênero o faz porque já existem atrocidades sendo cometidas em nome de gênero — os estudos apontam na direção de aprimorar a dignidade de vidas que já existem, e não de doutrinar pessoas para serem o que não são.
    • Assim, aqui vai o quinto texto complementar, também de Joanna Burigo, escrito pelo viés feminista sobre gênero, para CartaCapital: Vamos falar sobre gênero?
  • O vídeo também aponta para a importância de distinguirmos opinião de conhecimento, e como estes afetam marcos legais e políticas públicas. Opinião não é argumento, e aqui está o sexto texto complementar:
    • Entrevista de Walter Carnielli, professor de lógica da Unicamp, para o Nexo.
  • O vídeo tem muitos momentos VRÁ. Um deles: “Então, a pergunta é muito simples: se todos podemos acreditar no que seja, por que a lei deveria proteger apenas um tipo de crença?” Falar sobre gênero não é loucura nem mimimi. Usemos da razão e da lógica.
  • O vídeo captura muito bem que aqueles que se dizem contrários à ideologia de gênero assim o são por se dizerem “a favor da família”. Aqui é importante lembrar que feministas e quem estuda gênero não são contra a família. Somos a favor da família: de diversos modelos de família!
  • O vídeo faz uma provocação muito necessária: ensinar as crianças a respeitar a diversidade seria algo tão inaceitável? Ai de nós!

Assista e compartilhe!

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Por Casa da Mãe Joanna
Créditos originais do vídeo: Magic Markers, com tradução de Fabiany Melo e legendas de Diogo Salles

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